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Centro de Documentação e Imagem (CEDIM - Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro- Instituto Multidisciplinar)

Do Comércio a Industrialização na Baixada Fluminense (1920-1950)

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Estação Rocha Sobrinho

Imagem da Estação Ferroviária Rocha Sobrinho fundada em 1914. O bairro Rocha Sobrinho é pertencente ao município de Mesquita do estado do Rio de Janeiro e faz divisa com os bairros Vila Norma, Banco de Areia, BNH, Industrial e com o município de São João de Meriti. Até a emancipação deste, em 1999, o bairro, bem como BNH e Bairro Industrial, pertenciam a Belford Roxo.

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Exportação de Laranja


O jornal Correio da Lavoura contém inúmero notícias sobre o período auge da citricultura em Nova Iguaçu (1930-1950). Nesta época, a região ganha notabilidade de dimensões internacionais e recebe também um número de imigrantes considerável, aumentando, assim, o contingente populacional. Chamada de "cidade perfume" por conta da floração das laranjas que perfumavam o roteiro das ferrovias, o comércio parece ainda ter vitalidade no imaginário social, bem como na própria produção historiográfica que constantemente revisita o período. A bandeira de Nova Iguaçu, inclusive, exibe como símbolo o que seria uma plantação de laranja em uma de suas partes laterais.
A medida que avançamos nesses estudos, voltando-nos para a fonte histórica aqui destacada, alguns nuances que marcam a comercialização da laranja de uma forma menos romantizada saltam os olhos. Tal é o caso de uma forte discussão sobre a conservação do produto, perecível, em seu processo de exportação para países como Estados Unidos e Holanda. De fato, tratava-se de um viagem que longínqua, sendo necessário um cuidado com a embalagem e com a refrigeração.

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Radiotécnica e Comércio


Considerado por muitos como a sua “era de ouro”, a partir de 1930 o Rádio teve seu período de auge no Brasil. Paralelamente a esse auge, o país apresentava uma conjuntura politicamente turbulenta: um Golpe que aconteceu no ano 1930 daria fim à 1° República, e, sete anos depois, um outro Golpe daria início ao Estado Novo. A “Era Vargas” (1930-45), longo período marcado por transformações a níveis econômicos, sociais e políticos, contou com a força do importante instrumento radiofônico para sua propaganda nacionalista. Cabe aqui uma pergunta: como se dava essa relação entre o Rádio e a Política?
Na "era do ouro" o rádio teve importância crucial para o projeto político-pedagógico de Vargas. Através dele foi possível que determinados programas, novelas, peças, músicas nacionais, e informativos levassem “civilidade”, “educação” e “cultura” às massas. Um exemplo de programa da época era o “Hora do Brasil”, que passou a ser controlado pelo DIP (Departamento de Imprensa e Propaganda) e era um dos grandes difusores do projeto nacional do Governo.
A partir dos anos 1930 o rádio já havia se tornado um aparelho das massas, e não à toa foi o grande símbolo da Era Vargas. Neste ponto, faz total sentido a existência de várias lojas de eletrodomésticos e oficinas radiofônicas, como bem aparece no Jornal Correio da Lavoura. Em junho do ano de 1940 o semanário divulgava os serviços da Oficina Radiotécnica Moreira. Localizada na antiga Praça 14 de Dezembro, hoje conhecida como “Praça da Liberdade”, a Oficina Moreira era uma dentre as demais das lojas voltadas à venda e conserto de rádios em Nova Iguaçu.

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Fábrica Nacional de Motores


A Fábrica Nacional de Motores (FNM), conhecida também como "FeNeMê", foi uma empresa estatal brasileira concebida para produzir motores aeronáuticos e que acabou por ampliar a sua atuação para a fabricação de caminhões e automóveis, atividade pela qual se tornou mais conhecida. Com instalações no distrito de Duque de Caxias, sua fundação remonta ao Estado Novo, mais precisamente no ano de 1942. A intenção em torno da construção da fábrica, em um período marcado pela segunda Guerra Mundial, era o fornecimento de motores aeronáuticos à aviação militar e à nascente produção nacional de aviões para uso civil. No entanto, quando o primeiro avião produzido com motor FNM, em 1946, a guerra já havia acabado.

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Serviços e Comércios Gerais


Em março do ano de 1946, o semanário Correio da Lavoura fazia a divulgação de alguns serviços e comércios em Nova Iguaçu. Um destes estabelecimentos foi a Agência Chevrolet Iguassú, que oferecia serviços mecânicos, bem como vendas de peças e de veículos automotivos. Esta não era, contudo, a única empreitada automotiva da região. Na mesma edição o jornal propagandeava-se oficinas de carros e caminhões, como é o caso da Oficina
mecânica Iguassú. Na edição dezembrina do ano de 1947, o Correio da Lavoura dava a conhecer a Concessionária Ford, a International Harvester (empresa de equipamentos agrícolas, caminhões, automóveis, etc.), o posto de serviço Esso e outras diversas oficinas de automóveis.
A partir dessas fontes fica a pergunta: por que Nova Iguaçu contava com um número considerável de serviços e empreendimentos da área automobilística? Se recuarmos às primeiras décadas do século 20, assistiremos à introdução da indústria de automóveis no Brasil, cujos serviços incidiam apenas na montagem de carros, uma vez que “nada era produzido no país”. De acordo com Marcio Silveira Nascimento (2016), o “mercado brasileiro de automóveis até a II Guerra Mundial foi suprido principalmente por importações provenientes dos Estados
Unidos” (p.4). Na década de 1920, o ex-presidente Washington Luís (1926-1930) fomentava a ideia de que “governar é abrir estradas”, o que reforçava claramente o compromisso do país e da classe dirigente com o desenvolvimento rodoviário e automobilístico.
Contudo, as décadas seguintes seriam de significativas mudanças no âmbito automotivo, especialmente por conta do período Vargas e do início da II Guerra Mundial. Ao desenrolar dos anos de 1930-1945, o governo lançou mão de uma política econômica conhecida como "Nacional Estatismo". Um de seus desdobramentos foi a proibição das importações de veículos e de peças, ao passo que fomentou e fundou a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e a Fábrica Nacional de Motores (F.N.M), que então seriam responsáveis pela produção de peças e montagem de automóveis.
A partir da década de 40, acentuando-se no pós-guerra, Nova Iguaçu viveu uma “ocupação urbana que ocorreu de forma desenfreada” (SILVA, 2017), ao passo que também foi receptáculo de fábricas, firmas construtoras e, especialmente, da “indústria de transformação e o setor de transporte e de comunicações” (RODRIGUES, 2006). Dito isso, podemos concluir que se a indústria de automóveis estava crescendo no Brasil e no mundo, e se Nova Iguaçu apresentava um quadro de ocupação e de estabelecimento de indústrias, logo faria sentido a existência de uma série de oficinas, agências, concessionárias no município. Assim, podemos compreender a Chevrolet Iguassú enquanto apenas mais uma das agências de Nova Iguaçu e do Brasil. Era um período em que os automóveis tornaram-se popularizados.

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As mulheres e o Comércio Local

No período que marca a Era Vargas (1930-1945) a atuação das mulheres no cenário nacional ganhou novos contornos. Podemos ressaltar a conquista dos direitos eleitorais. Até então, podiam votar apenas mulheres casadas com autorização do marido, viúvas e solteiras com renda própria. Estas restrições foram eliminadas em 1934 e a obrigatoriedade do voto feminino tornou uma realidade em 1946. O ambiente econômico, mais industrializado, constituía também um novo quadro de demandas para as mulheres, onde elas poderiam vislumbrar a atuação profissional e a conquista de novos espaços sociais, ainda que isto engendrasse oposições por parte de esferas mais conservadoras da sociedade.
Um ponto observado no Jornal Correio da Lavoura é o aumento significativo da presença das mulheres na indústria de Nova Iguaçu, não apenas como funcionárias, mas como proprietárias de comércios locais. A título de exemplo têm-se a Casa Santo Antônio situado na Rua Marechal Floriano, cuja proprietária era Guilhermina Ferreira da Silva. Os estabelecimentos "Darcy Alfaiates", localizado na rua Marechal Floriano e a "A Casa Laura", um departamentos de móveis situado na rua Bernardino Melo, eram, como o próprio nome informam empreendimentos dirigidos por mulheres. Estas ocupações evidenciam que o papel da mulher na sociedade brasileira alterou-se significativamente no decorrer do século passado. Ao tornarem-se donas de comércios elas rompem muitos paradigmas.

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Distrito Vila de Cava


Recentemente, uma publicação sobre o comércio em torno da linha férrea de Nova Iguaçu despertou a curiosidade de nossos leitores sobre o termo "La Cava" aproximando o que poderia ser um sobrenome ao bairro Vila de Cava. De fato, não seria estranha esta associação, posto que a Baixada Fluminense recebeu imigrantes de várias regiões do globo, inclusive da Espanha. Um ponto instigante e que pode despertar interesses dos pesquisadores é que José Bulhões era o antigo nome de Vila de Cava e essa região pertencia a Freguesia de Nossa Senhora da Piedade do Iguassu à margem direita do rio Iguassu. Em 15 de janeiro de 1883 foi inaugurada uma estação na localidade, denominada Vila de Cava do Sapê, um sub-ramal ferroviário para a construção do aqueduto de Rio D`Ouro. A historiadora Joana D'arc Cesar Viana nos informa que a nomeclatura se deu devido à grande quantidade de capim Sapê presente na região. Estamos diante, mais uma vez, de uma história marcada pela presença do trem:
“No final do século XIX, o ramal passou a transportar passageiros tendo um modesto fluxo de pessoas após a estação Pavuna. Percebendo-se uma visível prosperidade nos arredores das estações, cujas linhas antecediam a região da Baixada Fluminense e ao ramal do Engenho do Brejo atual, Belford Roxo. Em 1923, a Viação de Obras Públicas visando angariar lucros transferiu a linha Rio D´Ouro do Caju para Francisco de Sá, aumentando o fluxo de passageiros em locomotivas ainda a óleo e vapor. [...] Em 1928, iniciou-se o processo de desligamento da Rio D`Ouro, mas foi o Decreto 19.544 de 29 de agosto de 1930 que desativou definitivamente a Estrada de Ferro Rio D´Ouro do quadro da Inspetoria de Água e Esgoto. A linha passa, então, a ser administrada pela Estrada de Ferro Central do Brasil. Somente em 1964 a estação perdeu sua funcionalidade, e em 1966, através do Decreto nº 58.992, o sub-ramal trecho Tingua X Vila de Cava foi suspenso. Assim, a estação de Vila de Cava integrou o cotidiano da população da Baixada Fluminense, encontrando-se, hoje, difusa nas memórias dos moradores iguassuanos. Sua arquitetura modesta, assim como a população que cresceu em seu entorno, ambas nas margens fluídas do esquecimento carrega um legado de memória e história ainda presentes no espaço social coletivo.” (VIANA, Joana. 2016, pp 5-6)
Alguns anos se passaram até Vila de Cava torna-se tema de uma reportagem da Revista Iguaçu News, em janeiro do ano de 1970. A revista anunciava que, visando um crescimento comercial, industrial e residencial da região, o Interventor Federal nomeou como o primeiro Administrador, Orlando Pereira Lopes, o qual "imbuído dos melhores propósitos" acionaria uma série de dispositivos – um plano de obras – que “à medida que vai sendo cumprido vão se extinguindo os problemas da região”. A notícia começa, na verdade, caracterizando a região como "[...] uma área que pobre como é, ficou ainda mais pobre com o suprimento da velha ferrovia" e afirma, ainda que: "os habitantes da região, em sua maioria lavradores, tinham na velha e barulhenta Maria Fumaça, a solução para o transporte de sua produção tão sacrificada pelas constantes inundações. Hoje não existe mais trenzinho”. Os trechos selecionados parecem demonstrar que a construção de uma narrativa em torno de um crescimento econômico – bem como de sua necessidade para a população – se constitui a partir do uso de uma memória vívida do trem, deixando evidente a importância que este teve para a história de Vila de Cava.

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Festejo de Carnaval no Aero Club


A importância do Aero Club de Nova Iguaçu enquanto um espaço voltado para a manifestação cultural do povo iguaçuano. Situado na Avenida Governador Roberto Silveira, em Nova Iguaçu, o espaço que hoje constitui o aeroclube passou a se tornar possibilidade após um pouso forçado de um avião da FAB ainda na década de 1940 (ARAÚJO, 2013). Após essa acidental parada, passou a nascer o interesse da elite iguaçuana em constituir um aeródromo na região. Essa gente da elite - o que incluiu muitos políticos da época - logo tratou de organizar-se para deliberar sobre a criação de um espaço destinado à aviação. Assim, em 1942, num contexto de segunda guerra mundial, o aeródromo era fundado.
Ademais, apesar de toda mobilização em torno da criação do aero clube, o espaço pouco tempo depois apareceu sendo palco da promoção das festas populares do município de Nova Iguaçu. Parecia ser uma forma de se aproximar da população. Dito isso, em 29 de janeiro de 1950, na edição 1715 do Correio da Lavoura, era divulgado que o Aero Clube estava organizando um programa para as festas carnavalescas daquele ano. Desta forma, a partir do impresso, constatamos parte da elite se lançando à promoção de eventos públicos, mais especificamente o festejo do Carnaval.

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Loteamento do Bairro de Coqueiros


Com a decadência dos laranjais na década de 1940, Nova Iguaçu passa por mais uma transformação. Os fazendeiros, buscando por soluções para retomar o capital investido nas lavouras, decidem por dividir suas terras em lotes para a construção de casas. De acordo com o historiador Adrianno Oliveira Rodrigues, a partir dos anos 1950 uma grande massa de trabalhadores chega ao Rio de Janeiro e é atraída pelo "boom" imobiliário da Baixada, encontrando um custo de vida mais barato do que na capital.
O documento abaixo foi digitalizado através de uma parceria entre o CEDIM e a Prefeitura Municipal de Nova Iguaçu, que tem como um dos objetivos a preservação do acervo do Arquivo de Plantas da cidade. A planta escolhida é de um loteamento aprovado pela PMNI no ano de 1956. Batizado como Bairro dos Coqueiros, o novo loteamento possui uma área total de 20.475 m², dividida em 53 lotes. Grande parte das plantas digitalizadas no CEDIM são maiores que os nossos scaners e portanto são digitalizadas em quadrantes. Esta, em específico, foi digitalizada em dois quadrantes e, mais tarde, unida digitalmente através do programa Photoshop.

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Relações Comerciais entorno da Linha Férrea


Durante a década de 1940 as ruas da Avenida Marechal Floriano Peixoto e Bernardino de Melo, em Nova Iguaçu, já eram ocupadas por muitos comércios. Situadas paralelamente à estação ferroviária, essas ruas contavam com escolas, cursos de costura, oficinas mecânicas, concessionárias, lojas e oficinas de rádio, loja de eletrodomésticos, alfaiatarias, farmácias, bares, armazéns.
Em artigo intitulado "De Grande Iguaçu à Baixada Fluminense: Formação Econômica e urbana de uma região", a historiadora Lúcia Silva buscou compreender como a Baixada se constituiu urbana e economicamente – o que inclui especialmente Nova Iguaçu. A autora destaca a importância que as vias de circulação tiveram para o processo de integração da região iguaçuana à do centro do Rio, e como, por outro lado, serviram para o escoamento de produtos. Se anteriormente a Antiga Iguassú escoava sua produção pelos rios, com a introdução das estradas de ferro (durante o segundo Reinado, século 19) a exportação da produção passou a ser realizada através das linhas férreas.
A ferrovia foi fundamental para o desenvolvimento de Maxambomba (que em 1916 passou a ser chamada de Nova Iguaçu), a tal ponto que esta calhou a se tornar a nova sede municipal. A ferrovia, usada bastante para o transporte de café e depois de laranjas, dinamizou e provocou uma nova realidade econômica e urbana na região. O desenvolvimento do município está diretamente relacionado a estação de trem.

Não obstante, mesmo depois de haver passado o “período da citricultura”, a região em torno da linha continuou a abrigar os comércios mais variados. Mesmo hoje, quem passa pelas ruas Bernardino de Melo e Marechal Floriano Peixoto encontra igualmente muitas lojas, escolas, clínicas médicas, bares, etc. Certamente sem a mesma lógica de escoamento de produtos de outrora, a estação e as ruas continuam agitadas.
As edições do Jornal Correio da Lavoura (CL) da década de 1940 divulgam, justamente, os muitos comércios que beiravam à linha férrea. Em 21 de dezembro do ano de 1947 o CL anunciava os serviços das “Lojas La Cava”, localizada na Rua Marechal Floriano Peixoto, e a Casa Laura, localizada na rua Bernardino de Melo. Tratavam-se lojas que vendiam eletrodomésticos e móveis. Ademais, levando em conta que na década de 1940 Nova Iguaçu já experimentava um crescimento populacional, faria todo sentido haver comércios desse feitio.

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Incêndio no Casarão de Japeri


Um incêndio de grandes proporções atingiu o Casarão Japeri, prédio histórico anexo à estação ferroviária na madrugada do domingo, dia 19 de julho de 2020. Construído em 1858, o casarão funcionava como uma bilheteria, além de constituir-se como um espaço de deslocamento dos passageiros que embarcavam e desembarcavam dos trens da Estrada de Ferro D. Pedro II.
Desde 2010, o prédio integra o Patrimônio Ferroviário valorado pelo Iphan. Vale mencionar que em 2007, a Lei 11.483 atribuiu ao instituto a responsabilidade de receber, administrar e zelar pela manutenção dos bens móveis e imóveis de valor artístico, histórico e cultural oriundos da extinta Rede Ferroviária Federal S.A. (RFFSA). A sua destruição representa, portanto, uma perda não só para a História de Japeri, mas também para a história do transporte ferroviário no Brasil. A fotografia da antiga estação - em data não especificada - se encontra nas páginas do Correio da Lavoura.

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Indústria Bayer

A Bayer, multinacional de origem alemã e do ramo químico, estabeleceu-se em Belford Roxo, então distrito de Nova Iguaçu, em 1958. O Parque Industrial da Bayer, primeira planta de produção da empresa no Brasil situa-se no contexto da industrialização e urbanização do Brasil do século XX. Destaque se dá aos incentivos fiscais das prefeituras e a abundância de mão - de - obra barata na região. O crescimento industrial atraiu, igualmente, um grande contingente populacional. Nessas zonas o custo de moradia era mais barato. A própria Bayer fez uso da vila residencial para seus funcionários. A facilidade de locomoção utilizando o trem aparecem como atrativos interessantes para os migrantes. Data de 1940 a inauguração da Avenida Brasil e de 1951 a liberação da Rodovia Presidente Dutra ao tráfego. Esses eventos contribuíram, também, para o processo de industrialização da Baixada Fluminense.

Do Comércio a Industrialização na Baixada Fluminense (1920-1950)